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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Sussurros e gritos


Intrínseco

À noite, assimilamos a vida
No reino infinito
De nosso lado intrínseco

Ache, as partes perdidas da mente
A verdade escondida por trás do
Nosso calabouço de pensamentos, este labirinto

Procure, isto tem uma razão e um significado
Lembrado e repetido
Um guia, não para ser ignorado

Sinta, há tanto para se sentir
A amnésia tem que confiscar
Uma ligação ilusória para a consciência

Está lá, pois há tanta coisa que não sabemos
Até mesmo nossa própria e verdadeira face
Está lá, encarando o que nós não podemos ter

Nossos ideais não são verdadeiros, nus e expostos
Para a nudez do que é real
Fantasia ilimitada, se torna realidade
À medida que respiramos água e corremos pela areia

Sussurros e um grito, voando alto, caindo
E uma face sem características ou nome
Exposta para vida, nós só podemos divinizar
Diga-me, qual é sua realidade?



Continue na zona de conforto, posso fazer mais nada pra ajudar á saír do teatro. Será que realmente conhece a ti mesmo e está empenhado para isso? Ou tem medo de encarar esta realidade não idealizada? Argumento por argumento, imagem após imagens, sou ótima para fazer isso, mas falta esta concretude de mudança ao ato das virtudes e vícios, sem isso não posso ser inteiramente sincera, por mais que queira.    

domingo, 29 de maio de 2011

Cadê?


 Meu óssio está distante de mim estes dias, posto aqui meu lado brega mas, de boa qualidade! Essa é boa pra canta no frio destas noites solitárias de domigo! rs


Holiday

Let me take you far away
You'd like a holiday
Let me take you far away
You'd like a holiday
Exchange the cold days for the sun
Good times and fun


Let me take you far away
You'd like a holiday


Let me take you far away
You'd like a holiday
Let me take you far away
You'd like a holiday
Exchange your troubles for some love
Wherever you are


Let me take you far away
You'd like a holiday


Longing for the sun you will come
To the island without name
Longing for the sun be welcome
On the island many miles away from home
Be welcome on the island without name
Longing for the sun you will come
To the island many miles away from home
(3x)
Away from home


    

domingo, 22 de maio de 2011

Algumas linhas

 ´´A lei da resolução e da perseverança não implica em que não devemos nos precaver, na medida de nossas forças, contra os males e incovenientes que nos podem ameaçar, nem deixar de recear que nos surpreendam. Muito pelo contrário, todo meio honesto de evitar um mal é não somente lícito mas também louvável. A perseverança consiste em suportar com resignação aos incomodos para os quais não temos remédio. Por isso não há movimento de agilidade corporal ou manejo de armas que devemos achar ruins desde que sirvam para defender-nos dos golpes que nos assestam.`` (Montaigne em um de seus Ensaios)

 O silêncio incomoda, dele sobrevivo, expresso, penso e calo. Observações, pensamentos e idéias amadurecem, é ego, quero negar mas, não posso. É essa a ciência que faço do mundo empírico, não almejo aceitar o final das minhas fortes impressões, pela primeira vez construo uma ciência da qual o final não poderá ser corroborada por mim. Para no silêncio ficar prefiro estar no meu suave mar de outono, nem verão, nem inverno, quente ou frio, apenas o que é, aquilo que faz as folhas coloridas caírem cautelosamente da árvore, aguardando o surgimento de algo que sempre torna e retorna em nossas vidas. Não sabemos lidar com estes fenômenos, adaptamos ao ciclo sem reconhecer o ponto referencial, a real condição que trouxe o silêncio.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Aos 13

Apenas Uma Garota

Tire essa venda cor de rosa dos meus olhos
Estou exposta
E isso não é nenhuma surpresa
Você acha que não sei
Exatamente onde eu estou?
Esse mundo está me obrigando
A segurar sua mão
Porque eu sou apenas uma garota, uma garotinha
Não me deixe fora da sua visão
Sou apenas uma garota, bonita e pequenininha
Então não me deixe ter direitos

Oh...Eu estou até aqui!
No momento que eu pisei lá fora
Tive varias razões
Para correr e me esconder
Não posso fazer todas as coisas que tanto queria
Porque são todas as mesmas coisas
De que tenho medo

Porque eu sou apenas uma garota, prefereria não ser
Porque eles não me deixam dirigir tarde da noite
Eu sou apenas uma garoa
Acho que sou algum tipo de louca
Porque eles ficam sentados me encarando
Com aquele olhar

Sou apenas uma garota,
Dê uma boa olhada em mim
Apenas o seu típico modelo

Oh...Eu estou até aqui!
Oh...Eu sendo clara?
Eu sou apenas uma garota
Eu sou apenas uma garota no mundo...
É tudo o que você me deixa ser!
Eu sou apenas uma garota, vivendo presa
Suas regras
Me fazem ficar preocupada

Eu sou apenas uma garota,qual será meu destino?
O que sou obrigada a fazer me faz ficar entorpecida
Eu sou apenas uma garota, minhas desculpas
O que eu me tornei é tão insuportável
Sou apenas uma garota. Sorte minha.
Twiddle-dum* não tem nem comparação

Oh...Eu estou até...
Oh...Eu estou até...
Oh...Eu estou até...aqui!


 Lembranças egoístas e verídicas! rsrsrsrs

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Versão

Bob Dylan

It's All Over Now, Baby Blue

You must leave now, take what you need, you think will last.
But whatever you wish to keep, you better grab it fast.
Yonder stands your orphan with his gun,
Crying like a fire in the sun.
Look out the saints are comin' through
And it's all over now, Baby Blue.

The highway is for gamblers, better use your sense.
Take what you have gathered from coincidence.
The empty-handed painter from your streets
Is drawing crazy patterns on your sheets.
This sky, too, is folding under you
And it's all over now, Baby Blue.

All your seasick sailors, they are rowing home.
All your reindeer armies, are all going home.
The lover who just walked out your door
Has taken all his blankets from the floor.
The carpet, too, is moving under you
And it's all over now, Baby Blue.

Leave your stepping stones behind, something calls for you.
Forget the dead you've left, they will not follow you.
The vagabond who's rapping at your door
Is standing in the clothes that you once wore.
Strike another match, go start anew
And it's all over now, Baby Blue

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Hesitar

Mais uma vez deixei minhas palavras voarem no espaço errado, ao mesmo tempo que me senti ingênua por estar num meios tão sagaz falando de coisas tão sinceras e inábeis, me surpreendi com a tenção e destreza que as palavras soaram para quem estava ouvindo. Estes dias percebi que o meio que meus pensamentos se fortificam não é tão opressor como pensava ser. Minhas aspirações, instintos, curiosidades e investigações de garota ingênua tem ganhado bons ouvidos, aceitação e uma crítica que irá me constituir. Estou muito grata por mim mesma em ter continuado aqui em Marília, por mais que nunca consigo curtir até o final das festas aqui, estou curtindo até a última linha de todos os discursos que me disponho, como se fosse uma garota ingênua necessitando de conhecimento me entrego há tantas teorias. Se estivesse em Campinas não teria essas oportunidades.
 Tudo é esplendoroso e facilmente abstraio meus pensamentos, isto fez conhecer meu fio condutor, busco mesmo é conhecer o humano em sua totalidade visando na sua particularidade ontológica uma relação essencial em comum á todos nós humanóides. Não falo apenas do plano biológico e físico, é na formação ontológica que quero compreender o humano do ser. Em um país miscigenado é fácil observar as diferenças mas, poucos se apreendem no que nos prende na condição humana, em países europeus suas raízes são tão fortes e profundas que obscurece a visualização real do que os uniram como hegemonia, e mais ainda, é um traço que os colonizadores não passaram à colônia e por estarmos inseridos nessa diversidade temos uma carência em resgatá-la. Com isso tudo falo de auto-engano, identidade, necessidade, e o impacto da verdade.
 Tudo continua sendo muito bonito, não posso ficar presa simplesmente á visão do espetáculo que isso causa, devo me apreender melhor em toda sua história, tatear, ler, inalar, sugar todas as informações que tenho direito, para algum dia fazer parte do espetáculo ou deixar uma contribuição sincera.

domingo, 1 de maio de 2011

Que é imagem?

 


Obras de Victor Arruda



Cansei dessa idéia de as primeiras impressões serem axiomáticas. A imagem carrega em duas partes este papel importante, o primeiro expondo realmente o que é, e segundo expondo o que pretende mostrar. No primeiro caso, para mim, a imagem que realmente devia ser é a guiada pela naturalidade, nas ações mais conscientes e inconscientes observamos o papel real que cada um representa. No segundo caso é onde encontramos os atores natos, neutralizam-se e se moldam a partir do sistema em que se encontram, aprendem com argumentos verdadeiros á prosseguir sua imagem longe de seu verdadeiro ente. O problema muitas vezes não é conhecer o ente, é aceitar e expô-lo.
 Grande parte de nossos dias passam em palcos, nos relacionamos com tudo e todos que estão e não estão ao nosso redor, em cada ato mostramos de alguma maneira nosso carácter, nossas emoções e angústias. Mas a vida não é só feita de palcos e exposições, por mais que o monólogo seja intenso a platéia ainda está presente para te assistir. Ao sair de cena devemos nos deparar com o que não está escrito no texto mas, te ajuda a dar sustentabilidade aos atos executados, neste aspecto o primeiro e o segundo caso são atores e não há contradição em afirmar (segundo Constantin Stanislavski), a diferença consiste na importância que a imagem acarreta para cada um.
    ´´ Não há sistema. Existe apenas a Natureza. O objetivo da minha vida tem sido chegar tão perto quanto possa ao assim chamado sistema, isto é da natureza da criação.
 As leis da arte são as leis da Natureza. O nascimento de uma criança, o crescimento de uma árvore, a criação de uma personagem são elementos de uma mesma ordem. O estabelecimento de um sistema, isto é, as leis do processo criativo, é essencial porque no palco, pelo fato de ser público, o trabalho da natureza é violado e suas leis são infringidas, o sistema re-estabelece estas leis, recoloca a natureza humana como a norma (...)`` Stanislavski
 A naturalidade deve ser projetada na imagem, por isto muitas vezes não consigo criticar a arte contemporânea, por mais abstrata que seja é o reflexo do mal estar social que vivemos. O problema é que nos entramos na ociosidade, o clima frio e lúgubre atormenta meus princípios. A identidade é conhecida, ou apresentamos naturalmente a identidade no palco, ou buscamos com a neutralidade renegar e deixá-la de lado assumindo um novo papel. Sinto falta de apresentações calorosas, ao menos sinceras, ouvir um ´´olá`` animado, um beijo no rosto com vontade e um abraço onde não há medo de entrega. A liberdade tornou-se um produto mercantilizado, perdemos sua real imagem e vivemos liquidamente liquidando nossas mentes e valores. Temos liberdade de escolher como e o que de nossa identidade será exposta na imagem, infelizmente perdemos princípios, não pensamos em revoluções, existe apenas volta há estágios, retrocedemos e voltamos inúmeras vezes ao ponto de partida que não é considerado seu próprio referencial, sua identidade, caráter, valor.