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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

´´ Aqui ``

 Ouvi e li algumas coisas sobre a banda há um bom tempo, só agora parei para ouvir, mas o que realmente chamou minha atenção inicialmente foi o nome: Tulipa Ruiz. Sempre achei fantástica a Tulipa, das folhas verdes e vividas até as seis coloridas pétalas. Essa flor tem ar de feminilidade e força sem perder a delicadeza em seus rígidos botões. Fora o país de origem, tenho uma queda enorme pela Turquia (outra hora explico melhor). Mas o som da banda paulista também é bom, a voz doce e nada ´´efêmera`` encanta facilmente, algumas letras não tenho muita paciência, mas o som dos outros três músicos do grupo é muito bom, vale a pena conhecer! 

Cuida bem da tua forma de ser
amanhã o dia vai ser diferente de outro dia
A menina que da terra sempre espera
que você fique aqui
e no fundo, bem no fundo, você sabe como
isso é legal
ver alguém que entenda essa sua transição
como é legal essa sua transição

Aqui - Tulipa Ruiz

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Super Ação

 Fico muito contente em abrir o jornal e ver que, os companheiros de movimentos sociais de diferentes bandeiras se aliaram para lutar contra o aumento das passagens de ônibus. Mesmo o barulho começando na ANEL é bom ver o resultado que a integração causou, a ´´Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre`` respeitando a liberdade partidária do bloco de manifestantes nas ruas do centro de São Paulo. Isso é rompr barreiras, isso é ser revolucionário.
 Prestar alguns minutos de atenção á alguma causa, conversar com aquele que tem ou teve mesma intenção, o processo histórico que nunca cairá, mas que deve ser superado e para isso realizar um super ato.
 Agora entendo o poema passado que surgiu e por isso torturou minha mente. Não procurei saber por que surgiu, simplesmente deixei expressar algo de minha essência ´´morna e ingênua``. Percebi a super ação que tive onde ´´do escuro eu via um infinito sem presente passado ou futuro``. O pesadelo não me amedronta mais.  

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

´´Poema``

 Surgiu na mente, espero que alguem aproveite:



Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo e procurei no escuro
Alguém com seu carinho e lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou um consolo
Hoje eu acordei com medo mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim, que não tem fim
De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua
Que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio mas também bonito
Porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu
Há minutos atrás
Poema - Cazuza e Frejat

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Amável caos que tento fugir

São, São Paulo meu amor
São, São Paulo quanta dor
São oito milhões de habitantes
De todo canto em ação
Que se agridem cortesmente
Morrendo a todo vapor
E amando com todo ódio
Se odeiam com todo amor
São oito milhões de habitantes
Aglomerada solidão
Por mil chaminés e carros
Caseados à prestação
Porém com todo defeito
Te carrego no meu peito
São, São Paulo
Meu amor
São, São Paulo
Quanta dor
Salvai-nos por caridade
Pecadoras invadiram
Todo centro da cidade
Armadas de rouge e batom
Dando vivas ao bom humor
Num atentado contra o pudor
A família protegida
Um palavrão reprimido
Um pregador que condena
Uma bomba por quinzena
Porém com todo defeito
Te carrego no meu peito
São, São Paulo
Meu amor
São, São Paulo
Quanta dor
Santo Antonio foi demitido
Dos Ministros de cupido
Armados da eletrônica
Casam pela TV
Crescem flores de concreto
Céu aberto ninguém vê
Em Brasília é veraneio
No Rio é banho de mar
O país todo de férias
E aqui é só trabalhar
Porém com todo defeito
Te carrego no meu peito
São, São Paulo
Meu amor
São, São Paulo

 Tom Zé - São, São Paulo

Pós ausência

Sei que irá parecer mais um texto existencial barato, não agüento escrever, eu, meu e afins, busco idéia sortidas para exalar minhas experiências.
 Sei que não conseguiria ficar sentada, aguardando pensamentos bem elaborados para 300 pessoas de buscas similares. Sentei, aguardei, escutei, formulei questões e continuo com elas. Continuo com minhas questões por causa de um egoísmo inicialmente preservador, e pela náusea das clássicas repetições sobre o problema questionado. Mas é este mar de integração que iludi meus sentidos há um caminho de possibilidades para solucionar o problema. Iludida no começo, mas por esta contestação, a filosofia sobrevive e viverá em qualquer região do país. Luz à sabedoria a ilusão me auxilia nesta incessante busca.
 Sei que pouco desenvolvo, mas são essas repetições que minha professora da 3ª série odiava que, hoje faço questão de transcrever e estilizá-las sem alguma métrica ou redondilha. Limites não são delimitados, mas conheço a tosca fortaleza que impede escrever como gostaria.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Ausência



Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como uma nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos
Mas eu te possuirei mais que ninguém porque poderei partir
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.

 Vinícius de Moraes

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Compensa?

 Até quando compensa seguir os desejos apesar dos obstáculos para realizá-los? Questionar sobre a veracidade dos sentimentos não resulta em menosprezo, este momento pode ser uma forma para melhor compreensão.
 Até quanto compensa seguir o show de fenômenos realizados para conquistar o oposto do que ocorre? Teoria e prática novamente estão desarmônicas. Como praticar algo que vem de ti mas foge de seu controle, por causa da dependência de um segundo ser?