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sábado, 30 de abril de 2011

Eu quero

 Pode ser um mimo da minha parte, eu quero postar algo por aqui faz um bom tempo! Odeio esta idéia de querer e não poder, ainda mais quando se trata de um texto de tema livre e espontâneo, onde foi parar minha espontaneidade?
 Gosto de aquisições, já se deparou dando bom dia ao dia? É maravilhoso responder sobre o belíssimo dia que inicia com o céu na cor de anil. Mesmo ao longo do tempo brigando com esse espaço de 24 horas, antes de dormir (o horário que minha mente está hiper fértil) devo fazer um novo agradecimento a mim mesma e aos meus credos: Bruna, parabéns por conseguir colocar tanta teoria num mesmo lugar! Como amo isso, principalmente amo a capacidade de aglomerar em minha mente tanta coisa! Organizar minhas idéias, verificar seus fluxos e entrelaces deixou para depois de acordar.
 Encontro o problema em mim, minha espontaneidade está focada ao meu ego. São lindas estas aquisições que sempre tenho tido e personificado, mas preciso de um referencial com semelhanças á mim, demasiado ser humano. Será que minha criança deve estar presente em meu meio social? Minha simpatia não deixa de preservá-la, as raras pérolas desse mundo não tem medo de estar entre a menina e/ ou a mulher.


quarta-feira, 20 de abril de 2011

Os astros já avisaram



O Que Será (à Flor da Pele)
Composição: Chico Buarque
O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz implorar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita

O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite

O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os tremores me vêm agitar
E todos os suores me vêm encharcar
E todos os meus nervos estão a rogar
E todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz suplicar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo


  O s astros avisaram, mas eu continuo á procurar nessa imensidão mundana.

sábado, 16 de abril de 2011

Ombros

A precocidade dos fatos ocorridos deixam tênues marcas em meus ombros, apesar da realização o peso de sua concretização é inerente á mim mesma pequena, frágil e sempre atenta aos alarmantes fenômenos, dialeticamente este ar precoce me transforma para poder encenar na sociedade que vivemos. Do material abstraio e sinto falta de detalhes ainda presos por sua formalidade, o capital governa pela própria marca da qual não consigo aparta-me.
 O estranhamento, a revolta, a revolução, mas estou buscando uma abdução nisso tudo. A Nice não irá gostar, mas tenho que ler ´´A Ecologia de Marx`` de John Bellamy Foster ( só depois de me deliciar com chocolate Lindor no feriado que está chegando)!        

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Leve

Cantiga - Ceumar
Composição: Zeca Baleiro

Flower não é flor
Mas eu te dou meu amor,
little flower
Sete cravos, sete rosas,
liro-liro lê, liro-liro lá
Girândolas, girândolas
Give me your love
Love me alive
Leve me leve
Nas asas da borboleta leta
Que borbole bole - bole
Sol que girassole,
Sole mio amore
Flore me now and forever
Never more flores
Never more flores



Esta é Loie Fuller, quando falo em leveza e seda ela é uma das grandes inspiradoras para mim dentro e fora da dança.

 Leve para levitar,
 levitar para deixar ser levada
 e na levada desse compasso 
 passo pelo descaso em dez atos do fim ao começo.

 Ente, corpo, extensão
 Convenção, regra e ciência. 
 Apenas busco consolidar o que desconheço,
 alcançando uma resposta positiva ou não
 levemente lanço meus sonhos e pensamentos ao monte de fenômenos que apareço.

domingo, 3 de abril de 2011

Do discurso

 ´´ E se quisermos, não digo apagar esse temor, mas analisá-lo em suas condições, seu jogo e seus efeitos, é preciso, creio, optar por três grupos de funções que acabo de evocar: questionar nossa vontade de verdade; restituir ao discurso seu caráter de acontecimento; suspender, enfim, a soberania do significante.`` ( FOUCAULT, Michel, A ordem do Discurso, pg. 51, Edições Loyola, São Paulo, 1996)

   
Há um momento que as cordas vocais cessam e não agüentam mais a tentativa de falar, expor, questionar, defender um certo tema. A garganta dói e não é por causa da cerveja gelada, sim por causa da dor de não conseguir discutir algo mesmo tendo em mente o estudo bem esclarecido da conversa. Por mais que o raciocínio esteja de acordo com suas experiências e/ ou outras fontes que te fez chegar ao que acredita ser verdadeiro, é difícil expor o que e como gostaria.
 Invejo os poetas ao conseguirem escrever delicadamente o que sentem, leio e releio o poema IX de O Guardador de Rebanhos de Alberto Caeiro e me pergunto como é possível alguém transcrever sentimentos e raciocínios de forma tão harmônica, será que o segredo é transpor-se em um segundo sujeito seja ele real ou fictício como Fernando Pessoa fez? Independendo da solução escolhida interpretar também não é fácil, é preciso sofisticar um conjunto de conhecimentos para compreender a obra.
De pensar nunca cansarei, pensar não pode ser um fator limitante, a linguagem que utilizo agora não consegue mostrar totalmente o problema da temática que pretendo expor da maneira que realmente gostaria. Está na hora de deixar o olhar fixar-se á outro, os músculos relaxarem ao som da música, a pele arrepiar aos novos abraços, um simples sorriso demonstrar o que sente e pensa sobre esse novo conjunto de signos.
 Poder, saber, verdade e suas relações, ainda discutirei melhor, mas enquanto isso entrarei num fluxo continuo e nada indutivo para discutir e (talvez) criticar na próxima vez. Voltarei muitas vezes nesse tema desenvolvendo-o mais e melhor.