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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Simplesmente curta!


 Ligue e curta o resultado acústico que foi formado.
 Pare e simplesmente sinta o que chega ao aparelho auditivo.
 Feche os olhos e tente não pensar (impossível, mas tente).
 Ok... pense, mas escolha bem o tema que ocupará a cabeça.

 Levemente o som ronda a mente.
 Percorre caminhos loucos, doces e veneráveis.
 Forma grandes ondas podendo espantar os que fisicamente não estão no momento.
 Ou pode ser apenas a parte oculta da enigmática mente humana sintonizando-se á outra.


 Para quem compartilha a palavra AMIZADE comigo (até para quem um dia já compartilhou), desejo em 2011:

FOCO, LIMITE , ORGULHO, PRAZER 

 Não importa a ordem ou como conseguir praticar da melhor forma essas palavras, não são novas no dicionário, mas descubra novas formas para encará-las.

 

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Reclamo, mas não tem como

   
Preciso de uma simples ilusão para seguir, por mais que lute contra necessito de algo mais espontâneo para alimentar idéias e ações.  A expressão do sorriso mais bobo, simples e verdadeiro, aquele que passa longe das idéias, guiado pelas simples sensações, desejos e instintos. Encarar a própria superficialidade do ato e seguir a diante com a mesma leveza, é necessário esses momentos que estão sendo esquecidos pela arrogância humana que muitas vezes não detectamos. A tarefa visando a simplicidade requer um esforço imenso, mas pular o muro e descobrir aquilo que deixamos de lado por falta de coragem é uma ótima experiência.
 Poucos conseguem elevar a ilusão para um patamar pouco mais real. A ilusão é um dos planos racionais baseados em idéias e experiências do mundo existente, por mais distante que os fenômenos ideológicos estejam da realidade vivida, todo o inconsciente é formado pelo mesmo plano racional. Os argumentos mais refinados continuam se desenvolvendo no aparelho racional, conseguem responder ao problema, mas distância da simplicidade e legitimidade das sensações, desejos e instintos que temos (ao menos para nós mesmo).
 Uma boa ilusão pode auxiliar o homem para muitas coisas. Questionar o problema e segui-lo, teoria e prática devem andar em conjunto. Esta é a ilusão que estudo e tento praticar, quem segue são poucos e loucos, mas ao longo da história essas eloqüentes personagens deixaram seus belos pensamentos e ajudaram em todos os campos que o homem necessitou (ou não necessitou).

Ideologia - Cazuza
Composição: Cazuza / Frejat

Meu partido
É um coração partido
E as ilusões
Estão todas perdidas
Os meus sonhos
Foram todos vendidos
Tão barato
Que eu nem acredito
Ah! eu nem acredito...

Que aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Frequenta agora
As festas do "Grand Monde"...

Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma pra viver
Ideologia!
Eu quero uma pra viver...

O meu prazer
Agora é risco de vida
Meu sex and drugs
Não tem nenhum rock 'n' roll
Eu vou pagar
A conta do analista
Pra nunca mais
Ter que saber
Quem eu sou
Ah! saber quem eu sou..

Pois aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Agora assiste a tudo
Em cima do muro
Em cima do muro...

Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma pra viver
Ideologia!
Pra viver...

Pois aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Agora assiste a tudo
Em cima do muro
Em cima do muro...

Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma pra viver
Ideologia!
Eu quero uma pra viver..
Ideologia!
Pra viver
Ideologia!
Eu quero uma pra viver...

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Calvin & Hobbes

 Esta é a maravilhosa criação de Bill Watterson, sociólogo norte americano que escreveu tirinhas inspirado por João Calvino e Tomas Hobbes.
 Começo a ler o jornal a partir do Caderno 2 para ler logo Calvin e Haroldo, o dia quando começa com eles tem frescor sagaz e ingênuo. A criação é bem feita, o autor escolheu muito bem os itens do enredo. Onde poderiamos encontrar juntos e amigos num mundo ideológico um teológo cristão protestante com um contratualista do século XVII?
    Caminhando pela cidade deparei com o grafite do Calvin na parede, voltei pra faculdade peguei a camera alguns dias depois para registrar a cena ( não poderia perder aquilo ). Perto da rua que começa o camelódromo, lotada de pessoas no centro, parece que Calvin pede um abraço. A criança sagaz e ingênua pede um pouco de atenção, ao monte de pessoas cegas por seus compromissos. Percebi que tem um pessoal na cidade que grafita muito bem, mas esse foi diferente, o muro era para uma única personagem. Deve ser um Estêncil, mas não compreendo muito bem essa parte dos grafites, sou uma mera observadora. 
   

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Toda ação implica uma reação?

A física conhecida por boa parte de pessoas diz que sim. Como comportar diante novas ações que nos inserimos? A reação deve ser nova? Muitas vezes o comportamento humano encontra-se submerso á esta questão. O ritual da passagem do ano é o exemplo mais clichê desta problemática. Somente nessa época cada pessoa observa o que realizou no ano, propõe metas e mudanças para o próximo. Pura alienação.
 Utilizando a sensibilidade da festa religiosa, os governantes montam grandes peças hipnóticas para ganhar dinheiro. Os pontos comerciais vislumbram todas as técnicas de publicidade e marketing, ensaiadas ao longo do ano. Perdoamos, amamos mais os próximos, até presente ao menos próximo é deixado embaixo da árvore de natal.
 Qual objetivo de suas ações? O ato de presentear é porque também quer presente? Ou porque passou na vitrine e lembrou que a pessoa adoraria ganhar o objeto? Infelizmente esses detalhes não são pensados, grande parte da população está acostumada, moldada, manipulada, maquinizada para no Natal ter compaixão e comprar, na passagem do Ano Novo para fixar metas ( e apenas fixar ).
 Hoje qualquer pessoa pode estar em novos lugares, e conhecer nada de novo. Porque você quer realizar uma compra? O que muda a aquisição deste objeto para você? O que fará com ele? Sinto muito, a compra é a fuga da realidade que te cega. A viagem deve partir de ti.            

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Desabafo musical

 Hoje não estou afim de escrever, mas limpando o pc encontrei o primeiro texto que escrevi em Marília. Arrumei alguns detalhes, ainda deve ter alguns erros. A expressão linguística não é meu forte, sempre fui da expressão corporal.


Encontro-me onde um ano estive parada diante minha vida social para alcançar um bom lugar, que iria me transformar de um ser para um ser pensante e axiomático.  Encontro-me á 490 km da minha cidade de origem (cidade onde não consigo deixar de aclamá-la), estou entre campos que exalam essências ao paladar doce e infantil.
 Agora fico degustando o fogo cruzado da infância e do adulto que aqui vim buscar. Meus sonhos foram inicialmente alcançados, mas a ação que tenho diante ele é o que me intriga. A parte intelectual estou tendo bom aproveitamento, mas a mente humana carece de mais coisas, ainda necessito de experiências que façam questionar meus conceitos éticos e morais. Sobre as experiências que tive nessa sistemática mudança, sinto que não devo mergulhar no consciente para esquecer o passado tentando fugir através das reações químicas do meu corpo psicótico. Mas por ter tido esse momento apavorador voltei a recuar minhas sensações, impulsos primários, deixando de vivenciar as primordiais revelações para meu próprio desenvolvimento do conhecimento. Boas oportunidades foram perdidas. A ´´palavra`` que escrevo nesse momento não é a mesma ´´palavra`` que escreverei na próxima linha, mas talvez esta próxima ´´paLaVra`` tenha uma forma melhor que a empregada inicialmente. A ânsia que fica em meus pensamentos não estão contentes com minhas ações. Sinto que estou ganhando uma bengala para ficar debruçada, com todo o peso da invalidez dos meus impulsos primários (talvez inato ou a priori).
  Ouvindo Curumin no momento paro e penso: ´´Mais um dia besta aqui no meu mocó, quero fazer contato, engrossar o caldo do mocotó.`` (Curumin - Compacto), é o que acontece nesse momento, mas com a força de um bom conjunto de notas sonoras, espero organizar minha mente para prosseguir a rotina. O final da musica termina com esta gravação: ´´Estamos prontos para juntar e inventar uma pequena rotina em estilo livre tudo isso ao som da música, use somente sua imaginação e faça o que lhe faz sentir bem. Se você tiver algum problema, não fique desencorajado, simplesmente volte ao início e comesse novamente. Vamos então escutar "Compacto" junto com os melhores.``. Tem uma pequena frase nesse final que me deixa muito intrigada,´´ ... use apenas sua imaginação e faça o que lhe faz sentir bem...`` sou uma séria aspirante à  filosofia, como posso deixar minha fértil imaginação me guiar?
 Sei que as coisas devem ser dosadas, mas é evidente que estou oprimindo um lado, importo de mais com os resultados causados, que algumas vezes não estão de acordo com aquela moral e ética que me educaram. Não consigo observar muitos prejuízos, estou em um momento de exaltada reflexão.





                                              Marília, 11/04/2010.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Play the music

Demorou, mas agora irei escrever e expor o que minha mente deseja expressar ao som que me guia. A musica é o inicio e base de meus pensamentos, seja cantada, instrumental, ou o som dos automóveis em movimento, sempre ajudou a conduzir o que pensava às minhas ações. Parece que, o conjunto das ondas sonoras ao soarem nos ouvidos, organizam as sinapses nervosas para uma melhor reflexão. Não entendo esta mediação muito bem, mas é essencial em muitos momentos . A arte em geral proporciona esta união para o artista e para o espectador.
 Minha Jukebox é minha cabeça. Obtenho, preservo, seleciono e exponho o que o momento tem a dizer sobre mim e sobre a sociedade. Sempre numa incessante busca pelo conhecimento, pretendo alcançar meus objetivos com os dois lados que ´´Juke`` ou ´´Jook`` proporciona. Se conseguirei me procure daqui bons 30 anos no mínimo para saber, mas desistir é uma tarefa que não suportaria.
 O som só tornar-se som com o silêncio. Observando a importância de todos os tons, gostaria de estabilizar as vibrações do meu sistema nervoso. Mas não posso reclamar, sinto que uma orquestra intrínseca esta em construção.